Para quem se interessa pelo tema tradução, tem post novo meu, no blog:
A revisão, ou os olhos do outro sobre meu árduo trabalho
29 agosto, 2014
26 agosto, 2014
Palmeiras Centenário
Hoje o Palmeiras faz 100 anos. Na nossa família, somos todos Palmeirenses. Eu não podia deixar passar em branco.
Somos palmeirenses por culpa do Túlio (http://www.palmeiras.com.br/historia/idolos/494) , um dos grandes ídolos do time, cujo nome completo era Artur Affini.
Ele era primo de meu avô, que nunca admitiu que um filho ou um neto torcesse para outro time, e ficaria orgulhoso hoje de ver bisnetos também Palmeirenses.
Fomos "obrigados", sim. Isso só significa que em nossa família, o amor pela Sociedade Esportiva Palmeiras já nasce com a gente.
Sofremos, torcemos, e para quem diz que não temos o que comemorar, temos sim. 100 anos de história, não é pouco.
Viva o Túlio, Viva o Palmeiras!
#100AnosDePalmeiras
#CentAnniPalmeiras
Somos palmeirenses por culpa do Túlio (http://www.palmeiras.com.br/historia/idolos/494) , um dos grandes ídolos do time, cujo nome completo era Artur Affini.
Ele era primo de meu avô, que nunca admitiu que um filho ou um neto torcesse para outro time, e ficaria orgulhoso hoje de ver bisnetos também Palmeirenses.
Fomos "obrigados", sim. Isso só significa que em nossa família, o amor pela Sociedade Esportiva Palmeiras já nasce com a gente.
Sofremos, torcemos, e para quem diz que não temos o que comemorar, temos sim. 100 anos de história, não é pouco.
Viva o Túlio, Viva o Palmeiras!
#100AnosDePalmeiras
#CentAnniPalmeiras
22 agosto, 2014
Ajude quem você quiser, do jeito que quiser. Ou: Quando foi que ficamos tão chatos?
Se a pessoa apoia causa dos animais abandonados, devia se
preocupar com crianças abandonadas, se apoia uma doença especifica, deveria
apoiar outra, ou – pior – “só está querendo aparecer”.
Quando foi que ficamos tão chatos, e nos sentindo no direito
de patrulhar até as boas ações do outro?
Sim, o que me levou a escrever isso foi a movimentação em
relação ao “ice bucket challenge” ou “desafio do balde de gelo” que tem o
objetivo de dar visibilidade a uma doença rara, pouco conhecida e incentivar
doações para garantir a pesquisa, dado que, por ser rara, não tem pesquisas
patrocinadas pela iniciativa pública.
E toda a brincadeira está divertidíssima, desde o Mark Zuckeberg
desafiando Bill Gates que aceitou e fez uma engenhoca com direito a projeto usando comic sans!!!!, famosos e famosas
fazendo o desafio com camiseta branca ou sem camisa até o troféu do US Open (que começa em 3 dias – yay!) levando gelo na cabeça e desafiando
outros troféus, a Copa do Mundo da FIFA entre eles. Isso fora os hilários
vídeos de não famosos e seus “fail ice bucket”.
Ou seja, uma coisa divertidíssima, que a ALS Association
já divulgou que aumentou sim, e muito a arrecadação e mais: toda a bagunça está
levando as pessoas a se perguntarem: mas o que é esclerose lateral amiotrófica?
Enfim, o objetivo da campanha é esse: aumentar a arrecadação
para pesquisa e aumentar a visualização da doença.
Aí, os seres humanos em vez de darem risada, entenderem (ou
não) a doença e seguirem em frente, não. Eles têm que reclamar. Porque claro,
só eu que sei quem deve fazer qual campanha para qual problema...
Lista dos #mimimis que já li:
Desperdício de água – Ok, estamos com problemas de
abastecimento. Mas o banho de 15 minutos que você toma gasta muito mais água
que um balde na cabeça e não ajuda ninguém. A menos que você esteja realmente
fazendo uma ação muito séria para economizar água, não permito que use esse mimimi.
Próximo.
Eles só querem aparecer – Se os famosos que aderiram, com
esta atitude melhoraram sua imagem de alguém com bom coração, QUAL É O
PROBLEMA? O objetivo é chamar a atenção, quanto mais famosos fizerem, melhor.
Se com isso eles também tiverem exposição, e daí, isso prejudica quem? Próximo.
Mas quem garante que eles estão doando? Bem, aí eu digo 2
coisas: Desculpe, não sabia que você era auditor da ALS Association e a segunda
é que, mesmo que fosse verdade, o que é muito difícil porque estamos falando de
pessoas para quem alguns dólares não farão falta, AINDA ASSIM eles estão
ajudando, dando exposição para a campanha e eventualmente incentivando as
doações dos anônimos. Próximo.
Tem coisas mais importantes, doenças mais graves, causas
mais justas para apoiar. E é você quem decide qual causa é mais importante e
quem deve doar para cada uma?
A doença é rara, afeta poucas pessoas, não precisa de
pesquisa. OPA, essa é a mais grave que já li. Como assim? Agora você decide
quem merece viver? Ah, não, você tem uma doença rara, fica no seu cantinho aí,
definhando, vamos cuidar de outras doenças mais populares. Aliás, esse
argumento é o pior de todos porque é EXATAMENTE porque a doença é rara que ela
precisa desse fuzuê todo para ficar visível, para que as pessoas se preocupem e
entendam. Horrível você pensar que alguém merece sofrer e morrer só porque
poucos serão atingidos (e a propósito, a doença não tem nenhuma causa
conhecida, qualquer um pode ser o próximo).
Enfim, o que não entendo mesmo é o motivo de alguém
sair de seu caminho para CRITICAR alguém que está querendo fazer uma coisa
positiva. Vamos combinar o seguinte? Ao invés de criticar essa campanha,
divulgue a que você acha legal, a que você colabora. Mas sem vincular a esta ou
qualquer outra. Simplesmente divulgue, incentive, jogue um balde na cabeça,
pendure uma melancia no pescoço, pinte a cara de azul. Faça o que quiser. E
deixe os outros fazerem o que lhes agrada.
Por um mundo com mais solidariedade e menos patrulhamento da
vida do outro.
21 agosto, 2014
Links úteis em Roma e Firenze
Atualizei alguns links hoje, e o post "subiu". O original é de 2011.
Estadia em Roma: Aluguel de apartamento - Residenza Campo de Fiori ótima localização, recomendo.
Estadia em Roma: Aluguel de apartamento - Residenza Campo de Fiori ótima localização, recomendo.
Restaurantes Roma (todos próximos ao Centro Storico / Campo de Fiori)
Baccanale Restaurante / Bar no Campo de Fiori
Tre Tartufi “melhor gelatto do mundo”, segundo o dono do restaurante
La Carbonara
Giggetto
Il Portico
Passeios em Roma
Roma Pass Comece comprando um Roma Pass, dá direito a dois ingressos em museus, circular nos ônibus de Roma sem pagamento adicional e mais descontos nos museus que você for depois dos dois primeiros, por 48 horas. Dica: Use primeiro nos museus mais caros, verifique os preços aqui: Ingressos
Archeobus Programe seus passeios e veja se vale a pena o "Archeobus". Só para circular no Centro Storico não precisa de ônibus de turismo, os circulares e metrô são suficientes.
Appia Antica Ande pela via Appia de bicicleta
Sitios Arqueologicos (incluindo Colosseo)
Monumento Vittorio Emanuele II, ou Altare della Patria ou bolo de noiva, – Imperdivel visitar o alto do monumento, melhor vista de Roma ever.
Museus do Vaticano Dica: faça reserva online, com hora marcada. Impossível a fila sem reserva
Cinecitta Si Mostra visita aos Estúdios da Cinecitta. Para os cinéfilos, imperdível.
Roma di notte não tem link para isso. Ande por Roma a noite. É lindo demais!
Quando for sair de Roma - Trenitalia
Estadia em Firenze: Hotel econômico, Hotel Europa.
Firenze Restaurantes
Ristorante Orcagna na Piazza dela Signoria, se não for neste restaurante vá em qualquer um da Piazza, em um final de tarde. Lindo!
Osteria Zio Gigi peça a Ribollita, prato típico da Toscana (cozido de legumes)
Il Pizzaiuolo dica de locais, pizza “como a Napolitana”
Trattoria Sostanza também dica local, trattoria típica da Toscana, mas não tive tempo de experimentar...
Qualquer Gelateria, tem uma em cada esquina, todas deliciosas.
Firenze / Toscana Passeios
E mais: Piazza Del Duomo, Cattedrale di Santa Maria del Fiore, Palazzo Vecchio, Piazza dela Signoria, Ponte Vecchio, Pallazzo Pitti ( e Boboli Gardens), Chiesa di San Lorenzo (e Cappelle Medicee), Piazzale Michelangelo (ao por do sol)
Passeio pela Região, incluindo Siena, Pizza e almoço “rural”: Best of Tuscany Tour
19 agosto, 2014
A tradução automática e o apocalipse
Como tradutora, estou acostumada a ouvir/ler que a profissão que escolhi, no momento em que escolhi, está morrendo. Muitos acreditam que a tradução automática, vai acabar com a necessidade de uma pessoa que leia e traduza um texto. Tudo será lançado em um software de tradução e sairá magicamente do outro lado, de forma perfeitamente compreensível, e passaremos (nós tradutores) a ser desnecessários.
Eu não acredito nisto, nem tenho medo de me tornar irrelevante. Basta lembrar o quão dinâmico e orgânico é um idioma, as muitas nuances de nosso raciocínio que dificilmente um algoritmo cobrirá 100%.
É claro que eu entendo e reconheço que as “machine translations” têm o seu valor para situações emergenciais, necessidades pontuais de compreensão no cotidiano, mas o resultado nunca é aceitável (ou mesmo compreensível) para um texto profissional, uma apresentação de uma empresa na internet, para um anúncio com a mensagem correta e que trará os resultados que a empresa espera.
Por exemplo, tenho certeza que nenhum hotel atrairá clientes com a frase “O custo total sala é a soma dos custos mais baixos noturnas por quarto para o número de noites solicitadas.”. Essa é uma frase em inglês, retirada de um site de um grande hotel e traduzida no Google Translate para português. Deu pra entender? Não, né?
Existem várias máquinas de tradução. Estou citando o Google Translate porque eles mesmos admitem que estão preocupados que, o que já não é bom, pode piorar. Há um efeito de deterioração da qualidade da tradução automática inserido na própria lógica do sistema.
O assunto foi discutido pelo Diretor de Pesquisa do Google, Peter Norvig, na conferência Nasa Innovative Advanced Concepts em Stanford, em fevereiro de 2014. Norvig admitiu que a existência de sites que usam o Google Translate para traduzir todo seu conteúdo automaticamente, tem perpetuado e aprofundado os erros de tradução que ele mesmo (Google Translate) gerou inicialmente, porque os servidores do Google reconhecem estes sites como multilíngues e os indexam em seus servidores para alimentar a sua máquina de tradução, com as traduções de baixa qualidade que ele mesmo gerou.
Claro que, nesta admissão do problema, vem a informação de que estão trabalhando na criação de filtros para minimizar estes efeitos.
De qualquer forma, a questão é que nenhuma empresa que quer ser levada a sério deve usar um serviço de tradução automática. O resultado nunca terá uma aparência final adequada, e alguém que não fala o idioma para o qual a tradução está sendo feita, nunca saberá. Mas o cliente que ele quer atingir saberá.
Algumas pessoas defendem o uso da tradução automática com a revisão posterior por um tradutor. E aí começam vários outros questionamentos. A expectativa de um cliente que contrata um tradutor para “revisar um texto já traduzido” é que isto seja muito mais barato. A verdade para o tradutor, por outro lado, é que o trabalho para revisar uma “machine translation” é o mesmo, as vezes até maior, do que traduzir do zero. A necessidade de pesquisa, revisão e edição é as vezes tão grande quanto, e, muitas vezes, o resultado de uma revisão dessas não é satisfatório, não dá para você, como tradutor, aquele prazer de ver um texto “com sua cara”, bem feito, do jeito que você gostaria de entregar.
O mercado de tradução passa sim, por uma profunda transformação e um grande crescimento de demanda. As traduções automáticas, assim como os softwares CAT (computer aided translation) têm um grande papel neste novo mercado, mas esse papel não é eliminar o tradutor. Tenho certeza que tradutor e máquina trabalharão juntos por anos e anos a fio, e os apocalípticos da tradução de plantão que me perdoem, mas não acredito neles. Meu mundo não está acabando.
(post originalmente piblicado em A+ Translations)
Eu não acredito nisto, nem tenho medo de me tornar irrelevante. Basta lembrar o quão dinâmico e orgânico é um idioma, as muitas nuances de nosso raciocínio que dificilmente um algoritmo cobrirá 100%.
É claro que eu entendo e reconheço que as “machine translations” têm o seu valor para situações emergenciais, necessidades pontuais de compreensão no cotidiano, mas o resultado nunca é aceitável (ou mesmo compreensível) para um texto profissional, uma apresentação de uma empresa na internet, para um anúncio com a mensagem correta e que trará os resultados que a empresa espera.
Por exemplo, tenho certeza que nenhum hotel atrairá clientes com a frase “O custo total sala é a soma dos custos mais baixos noturnas por quarto para o número de noites solicitadas.”. Essa é uma frase em inglês, retirada de um site de um grande hotel e traduzida no Google Translate para português. Deu pra entender? Não, né?
Existem várias máquinas de tradução. Estou citando o Google Translate porque eles mesmos admitem que estão preocupados que, o que já não é bom, pode piorar. Há um efeito de deterioração da qualidade da tradução automática inserido na própria lógica do sistema.
O assunto foi discutido pelo Diretor de Pesquisa do Google, Peter Norvig, na conferência Nasa Innovative Advanced Concepts em Stanford, em fevereiro de 2014. Norvig admitiu que a existência de sites que usam o Google Translate para traduzir todo seu conteúdo automaticamente, tem perpetuado e aprofundado os erros de tradução que ele mesmo (Google Translate) gerou inicialmente, porque os servidores do Google reconhecem estes sites como multilíngues e os indexam em seus servidores para alimentar a sua máquina de tradução, com as traduções de baixa qualidade que ele mesmo gerou.
Claro que, nesta admissão do problema, vem a informação de que estão trabalhando na criação de filtros para minimizar estes efeitos.
De qualquer forma, a questão é que nenhuma empresa que quer ser levada a sério deve usar um serviço de tradução automática. O resultado nunca terá uma aparência final adequada, e alguém que não fala o idioma para o qual a tradução está sendo feita, nunca saberá. Mas o cliente que ele quer atingir saberá.
Algumas pessoas defendem o uso da tradução automática com a revisão posterior por um tradutor. E aí começam vários outros questionamentos. A expectativa de um cliente que contrata um tradutor para “revisar um texto já traduzido” é que isto seja muito mais barato. A verdade para o tradutor, por outro lado, é que o trabalho para revisar uma “machine translation” é o mesmo, as vezes até maior, do que traduzir do zero. A necessidade de pesquisa, revisão e edição é as vezes tão grande quanto, e, muitas vezes, o resultado de uma revisão dessas não é satisfatório, não dá para você, como tradutor, aquele prazer de ver um texto “com sua cara”, bem feito, do jeito que você gostaria de entregar.
O mercado de tradução passa sim, por uma profunda transformação e um grande crescimento de demanda. As traduções automáticas, assim como os softwares CAT (computer aided translation) têm um grande papel neste novo mercado, mas esse papel não é eliminar o tradutor. Tenho certeza que tradutor e máquina trabalharão juntos por anos e anos a fio, e os apocalípticos da tradução de plantão que me perdoem, mas não acredito neles. Meu mundo não está acabando.
(post originalmente piblicado em A+ Translations)
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Não me proponho a resenhar as mesas da Flip. No site oficial http://flip.org.br e muitos outros especializados, encontramos isso. Aqui...